Conhecido como dente do siso ou dente do juízo, o terceiro molar não tinha vez e era extraído em todos os casos. Hoje em dia, os dentistas fazem uma avaliação, e, se a erupção do dente foi completa, se ele está saudável, bem posicionado e ainda oferece condições de boa higiene bucal, deve ser preservado.
O maior problema enfrentado pelos dentes do siso, no entanto, é a falta de espaço para nascer. Nesses casos, o ideal é que seja extraído antes dos 30 anos, caso contrário, a raiz do dente vai se calcificando com o osso e a extração fica mais complicada, podendo até lesionar os nervos da região. Além disso, as chances de infecção são maiores com o passar do tempo.
São essas infecções que podem evoluir e causar complicações mais sérias, até a morte. Normalmente, o siso ocupa um espaço de difícil acesso e bastante inervada. Há casos em que ele permanece completamente escondido sob a gengiva ou em que nasce apenas uma pontinha do dente. Isso pode resultar num problema de grandes proporções no futuro, já que o paciente não terá condições de fazer uma higiene ideal e as chances de o acúmulo de bactérias levar a uma infecção são grandes. Estudos comprovam que a existência de um foco infeccioso na boca ou nos ossos maxilares tem impacto na ocorrência de graves problemas de saúde, como pericardite, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).
Por isso é recomendável visitar um cirurgião-dentista regularmente, com intervalos de seis meses, e cuidar da higienização bucal, fazendo uso de escova de dentes macia e fio dental.
Aryã Vassura