Os riscos da automedicação são o principal alerta da Sociedade Brasileira de Cefaleia. De acordo com a pesquisa que acaba de ser divulgada pela Academia Brasileira de Neurologia (ABN), 81% dos entrevistados se automedicam para tratar dor de cabeça e 87% deles sofrem de enxaqueca.
O estudo mostrou ainda que cerca de metade das pessoas sofrem com doença de forma crônica, com ocorrência de dor por mais de 15 dias por mês e que elas são as que mais abusam do uso de analgésicos: mais de 70% disseram tomar três ou mais doses semanais do medicamento.
A enxaqueca tem tratamento e é possível viver sem dor. O diagnóstico da doença é realizado em uma consulta médica especializada, por meio de uma entrevista detalhada com o paciente, para saber qual a frequência, intensidade e os sintomas da cefaleia, já que não há exame específico para detectar a doença. Após a consulta, inicia-se o tratamento à base de remédio prescrito pelo médico, que pode ser diário.
Por isso é importante o paciente procurar um neurologista especializado pois, com o tratamento preventivo, é possível reduzir a frequência do uso de medicações para as crises, diminuindo as chances de cronificação da dor pelo abuso de analgésicos.
Dados sobre a Cefaleia
Mais de 70% das mulheres e 50% dos homens tem ao menos um episódio de dor de cabeça por mês, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia. A enxaqueca – que é um tipo de dor cabeça – atinge mais de 30 milhões de brasileiros. A maioria desta população não tem diagnóstico correto e acaba apelando para tratamentos inadequados para a dor de cabeça ou uso abusivo de analgésicos. Assim, é extremamente comum o paciente se automedicar, sem procurar tratamento adequado ou acostumar-se a viver com dor.