Quais são os riscos de dietas restritivas para adolescentes?

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Segundo o Ministério da Saúde, 25,5% dos adolescentes estão acima do peso e 8,3% são obesos. Os índices são preocupantes e influenciam o comportamento dos jovens, que cada vez mais adotam dietas radicais para perder peso rapidamente. Mas, sem orientação de um especialista, são grandes os riscos de dietas restritivas. Elas podem causar sérios prejuízos ao organismo e aumentar as chances de desenvolver transtornos alimentares.

Adolescentes têm necessidades nutricionais específicas, pois estão em fase de crescimento. Substâncias como ferro e cálcio, por exemplo, são essenciais para o seu desenvolvimento. Uma dieta restritiva feita sem a orientação de um médico pode levar à falta desses nutrientes no organismo e causar uma série de problemas, por exemplo:

  • Desaceleração no crescimento;
  • Desregulação do ciclo menstrual;
  • Ausência do fluxo menstrual;
  • Irritabilidade;
  • Cansaço;
  • Alterações no humor;
  • Compulsão alimentar.

Dietas na adolescência podem ser saudáveis 

Segundo médicos e nutricionistas, uma das chaves para manter o peso é seguir uma alimentação saudável. No Guia alimentar para a população brasileira, do Ministério da Saúde, você encontra uma série de sugestões e recomendações para uma dieta balanceada, que podem ser usadas facilmente para os seus filhos. Assim, você evita os riscos de dietas restritivas.

Mas se prepare para resistir às reclamações, pois mudar costumes alimentares pode ser difícil, especialmente quando eles foram adquiridos na infância. No entanto, a reeducação alimentar é fundamental para uma vida mais equilibrada. Algumas dicas importantes fazem toda diferença nesse processo:

Evite alimentos ultraprocessados – são os industrializados; eles têm uma grande quantidade de aditivos. Alguns exemplos: salsichas, biscoitos, macarrões (principalmente os instantâneos) e até barras de cereal.

Prefira alimentos in natura – são essencialmente partes de plantas ou de animais, como as carnes, verduras, legumes e frutas. Devem ser a base da alimentação.

Escolha restaurantes saudáveis – quando for comer fora de casa, uma dica é procurar restaurantes que sirvam refeições feitas na hora. Fast foods podem ser uma tentação para os adolescentes, mas raramente são a melhor opção.

Faça da refeição um momento agradável – vale a pena tornar a hora do almoço um período bom do dia. Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, em família, pode ajudar nesse processo.

Busque alternativas aos doces – as frutas contêm açúcares naturais que são uma boa alternativa para sobremesas calóricas e gordurosas. Sucos também podem substituir refrigerantes.

Prepare lanches mais leves – em vez de salgados fritos e snacks, vale a pena investir em petiscos mais saudáveis, como, por exemplo, iogurtes e frutas.

Em alguns casos, o sobrepeso e a obesidade são causados por alguma disfunção no organismo. É impossível chegar a essa conclusão sem consultar um médico ou um especialista. Eles vão saber avaliar e indicar um tratamento ou a dieta mais adequada para cada caso. Especialmente levando em conta os riscos de dietas restritivas para um adolescente.

Apesar dos padrões de beleza e da pressão social para manter um corpo excessivamente magro, é importante aceitar o corpo e entender que ele tem limites. Dietas na adolescência são válidas, desde que sejam bem orientadas e tenham objetivos realistas. Procure conversar com seus filhos a respeito disso. Grupos de apoio e aconselhamento profissional podem ser bons aliados no processo de auto aceitação.

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