Devemos manter bons hábitos de higiene, pois são fundamentais para a saúde do corpo inteiro, principalmente da região íntima, já que um simples descuido pode aumentar o risco de proliferação de bactérias, infecções e doenças. Contudo, é preciso prestar atenção também na roupa íntima, já que essa peça está em contato direto com o órgão sexual. Como escolher o tecido, o formato, modo de lavar e secar e ainda se usar ou não são algumas das dúvidas que iremos esclarecer a seguir:
Escolhendo o tecido
O melhor tecido para roupas íntimas é o algodão, pois tecidos naturais absorvem melhor a transpiração que os sintéticos. Também são mais confortáveis por conta de sua superfície macia, que não irrita a maioria das peles ao contrário dos tecidos sintéticos que causam reações alérgicas com mais frequência do que o algodão. O algodão evita a transpiração e maior secreção local, que são as portas de entrada para infecções.
Uma alternativa são as roupas íntimas de tecido sintético que possuem o fundo em algodão – apesar de não ser o ideal, já auxiliam na prevenção de irritações. Além do algodão, existem novos tecidos tecnológicos que buscam a redução da umidade e facilidade de circulação do ar, como os tecidos de fibra de bambu.
Escolhendo o formato
Os modelos de cuecas e calcinhas são diversos. Primeiramente você respeita suas preferências na hora da compra, porém recomenda-se evitar roupas muito apertados, pois causam maior aquecimento no local aumentando o risco de infecções por bactérias e fungos. Nas mulheres roupas apertados podem ocasionar o aparecimento do corrimento vaginal e nos homens o uso de roupas íntimas apertadas pode afetar os testículos, influenciando a produção de espermatozoides. O modelo fio dental é o que causa mais lesões na pelo por estar em atrito com a pele da região genital e do ânus.
Lavando as peças íntimas
Uma dúvida que todos tem é: lavar a roupa íntima na máquina ou no chuveiro¿ Em pesquisa feita com dermatologistas, eles falaram que lavar a peça íntima no chuveiro não tem problema algum, inclusive a água quente até ajuda a eliminar as bactérias, mas não deixe- as secar no box, pois a umidade pode trazer mais bactérias. Use sabonetes neutro para a higiene da peça ou produtos próprios para este fim.
Em caso de lavagem na máquina, recomenda-se lavar em sacos protetores para essa finalidade. Evite deixar as peças íntimas por muito tempo em cestos de roupas sujas com outras peças, pois os resíduas podem impregnar o tecido das demais peças.
Cuidados pós-lavagem
Como já foi dito antes em caso de lavagem no chuveiro, não deixe a peça secar no box, a peça não precisa estar diretamente exposta ao sol, apenas em local seco e arejado, como no varal. Uma dica é passar com ferro quente a área da peça que fica em contato com o órgão sexual, pois ajuda na eliminação de micro-organismos que possam ter ficado na peça após a lavagem.
Posso repetir a roupa íntima?
Não é recomendado, por questões básicas de higiene. Repetir a peça deixa sua região em contato com secreções por mais tempo, além do suor. Isso favorece infecções, bem como a proliferação de micro-organismos e seu contato prolongado com a pele. No entanto, em situações de extrema emergência, repetir a roupa íntima não será o fim do mundo. Em alguns casos é possível usar a peça virada do avesso, evitando o contato repetitivo com as secreções.
Posso não usar roupa íntima?
O não uso da roupa íntima pode ser benéfico, uma vez que mantém o local mais arejado. Nesse caso, o cuidado se estende às outras peças, como calças, bermudas, shorts, meias-calças e saias, que devem ser higienizadas e trocadas diariamente. Quem não se sente confortável sem a roupa íntima durante o dia tem a opção de dormir sem calcinha ou cueca, aumentando a ventilação da região genital e ajudando a manter o pH vaginal fisiológico, no caso das mulheres. Ao optar por ficar em casa e dormir sem a peça, o ideal é usar roupas mais largas e de algodão para dormir.
Aryã Vassura